quarta-feira, 8 de agosto de 2007







Desculpas e Culpas...





Peço desculpas pelo meu topor. Bem... estou aqui novamente.





Durante esses meses me preocupei em ler. Não quis saber de desenhos. Proucurei ler e li muito. Escrevi histórias e aperfeiçoei minha forma de enchergar o mundo. Entrei no mundo POP e estou mais próximo daqueles que me cercam... pelo menos mais do que antes. Proucurei evitar certos tipos de pessoas e me aproximei de outras. MAS NÃO DEIXER DE SER QUEM EU SOU.

O mundo pode ser muito mais do que aquilo que nossos pais nos ensinaram. E eu percebi isso. Pode ser muito mais suave se você olhar com olhos menos críticos. Enxergar o mundo de maneira diferente depende de cada um e principalmente da disponibilidade de cada um. Tive momentos em que desejei descer até sei lá onde, mas persisti... fui... bem. Ainda não sei onde cheguei, mas acho que estou num lugar melhor que antes.



Estou postando um desenho que fiz numa de minhas aulas, é uma formiga rainha alada. Que belo animal. Olhe bem e vc perceberá o poder e a força da natureza ao criá-lo do jeito que o vemos agora. Pense em quantos milhões de anos este animal existe sem quase nenhum detalhe que o diferencie de seus ancestrais pré-históricos.


...rsrsrsrsrsrsrsrsrsrs...


e nós, seres prepotentes, senhores de nossos pavões pisamos sem nenhuma piedade nessa obra prima da natureza... e se pensarmos pisamos na própria natureza...Até quando? Até quando faremos do meio natural o capaxo à porta de nossas casas?

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Além...




Além de mim. Além daquilo que posso prever, ouvir, descobrir e conhecer. Algo que está em minhas mãos e não posso tocar. O que pode ser? Como agir perante aquilo que nos observa e que não podemos ver?


Na verdade existe muito mais que um nome por detrás dos véus do Universo. Muito mais que um mero conceito. Algo que está muito acima daquele que dizem estar acima de nós. Quem será? Oque será? Por que será?


Além... é um trabalho que fiz num dos muitos momentos de questionamento interno. Um daqueles momentos em que desejo estar sozinho comigo mesmo sem a interferência de outros universos humanos. Ele não é uma resposta, é uma pergunta... qual será essa pergunta?



quinta-feira, 3 de maio de 2007

Siren


Este desenho foi feito em A3 usei caneta descartável à nankin. Sempre uso vermelho nos lábios e nos olhos. Gosto de vermelho... não gostava... mas... ultimamente essa cor vem me chamando bastante a atenção.


Siren é um desenho quer fiz pensando no movimento que meus últimos trabalhos não possuem. A inovação neste trabalho está no movimento. Neste desnho que estou postanto isso não está muito evidente pois é um recorte do original. Um amigo meu me ajudou e fizemos esse efeito com aquarela sobre o desenho. Eu achei muito interessante.

terça-feira, 10 de abril de 2007

Pensar faz bem. Eu penso e me sinto ótimo!



Ultimamente venho desenhado pouco e pensado muito. Sou um ser que precisa desenhar como já disse, no entanto nescessito pensar e refletir sobre o que acontece ao meu redor. Venho filosofando sobre religião, costumes, vícios e outros tipos de arte no meu país e em outros. Tenho me comovido com histórias e eventos tristes da atual calamidade da realidade brasileira. Sinto orgulho em viver nessa terra, neste país nessa nação verde, amarela, azul e branca. Mas me entristeço com a vida que meu povo leva. Meu povo.
Meus desenhos buscam as nuvens pois de lá tudo se mostra belo... a fome, a seca, a corrupção, a violência, a devastação e a morte... tudo é minúsculo. Sou pessimista e realista. Não acredito que o mundo irá melhorar mas creio que no decorrer da destruição moral, ambiental e social da humanidade aprenderemos algo... não aposto em datas, mas sei que algo tiraremos para nossa sabedoria.
Quantos povos se matam devido a diferênças mediocres de religião e costumes. Ninguém aceita o diferente. Somos seres tementes ao desconhecido. Estamos sempre a espera de algo pior. Minha opnião é clara, não pretende se esconder. Por isso sei que sofrerei por defender aquilo que penso, aquilo que faço e aquilo que pretendo ser (ou que talvez já seja).
Minhas ninfas deformadas vivem no mundo artificial da destruição mascarada de beleza. Neste mundo sujo, cheio de morte e sangue. Neste planeta sofrido e moribundo que clama por socorro a uma raça que preza apenas seus anceios econômicos.
Mas é esse mundo que eu amo. É aqui que depositei minhas esperanças é aqui onde eu vivo e sou feliz. Sei que o mundo arde em devastação, mas é nele que vive muitos que vivem o amor, a alegria e a paz. Sim... acredito que existe paz na Terra. Existem pessoas em paz. Não é justo que pelo Iraque (que sangra seus mortos todos os dias) povos indígenas e aquele casal de velhinhos neozelândeses que se reune com a família em ocasiões especiais paguem o preço de ter que viver num mundo mergulhado no ódio!!!! Quando digo coisas horríveis do planeta, quero dizer da parte que sofre e não dos povos que ainda vivem em paz. é importante salinetar que AINDA EXISTEM PESSOAS FELIZES E PAÍSES RICOS EM FELICIDADE!!!! Meu país é o maior exemplo disso! Somos um povo que é roubado e açoitado todos os dias, no entanto conheco centenas de pessoas que encontram milhares de motivos para sorrir.
Sou alguém que critica a parte dolorida do mundo, que acusa, que chicoteia a dor... mas que ama e cuida daqules que ainda vivem dignamente mesmo em eio a tantas adversidades.

EM BREVE ESTAREI PUBLICANDO NOVOS DESENHOS E COMENTANDO TAMBÉM CLARO. FIQUE COM A PAZ QUE A SUA FÉ TE PROPORCIONA. OBRIGADO PELA VISITA E PELA PACIÊNCIA.

quinta-feira, 29 de março de 2007

A Domadora de Pavões


Bem... esse desenho é muito especial... primeiro porque é o primeiro que faço de corpo inteiro usando bico de pena. é certo que usei caneta e pincel, mas meu maior avanço foi a pena... que até antes desse desenho eu detestava. A Domadora de Pavões é dos meus desenhos um dos que possui mais significação. Não quero dizer o que vejo e sinto ao dialogar com ela, pois ela fala de modos diferentes com as diferentes pessoas que a observam.
Usei bico de pena, caneta, pincel, grafite e lápis de cor vermelho.
Desenhar é exteriorizar aquilo que não se pode demonstrar por meio da fala e do gesto. é dialogar consigo mesmo sobre si próprio.

segunda-feira, 26 de março de 2007

Elas


Quando desenho proucuro esquecer das barreiras que me impedem de criar. Cânones, regras... fujo disso, no entanto respeito. As linhas comandam meu desenho. Se elas me mandam ir por ali... quem sou eu para descordar!!!! Sigo as ordens do meu inconsciente. "Por que comecei este desenho?" As vezes me pergunto. Então repito: "SIGO AS ORDENS DO MEU INCONSCIENTE."

Meus desenhos não foram feitos para serem bonitos, se eles o são é apenas consequência da minha paciência e dedicação.
Não faço nada por mera diversão. Acredito que eles são uma forma de diálogo do meu eu interno com meu eu mais superficial.

Cada um deles tem um pouco de mim e refletem bem aquilo que se passa no meu interior por mim ainda não descoberto.
Meus rostos talvez representem uma deformidade dos dias modernos... a pressa, o descaso com o passado e com a humildade. O olhar sempre morto... negando aquilo que está acima... negando algo que se deve olhar, mas não pode ser visto...
O perfil... um resumo de quem a pessoa realmente é. Alguém se lembra daquelas máscaras teatrais que tem metade do rosto feliz e outra triste? E da lua que esconde sua face escura? Pois então... como essas minhas figuras se apresentam na parte do rosto escondida? Será que demonstram compaixão e amor por aqueles que elas olham?
Corpos magros e esguios... quase esqueléticos... anoréxicos... doentes... modelos de uma beleza morta. Modelos de um tempo que seleciona aquilo que se vê e não aquilo que se sente...

quinta-feira, 22 de março de 2007

Désir Ardent


Désir Ardent é o desejo ardente contido em nós e reprimido por nossas leis morais. O sexo em todos os seus pontos de vista e a vontade de fazer aquilo que pensamos... e não fazemos.

Usei nankim roxo nessa que foi a quarta das minhas prostitutas.

Ela é a única que tem seus seios a mostra e te faz um convite... vc consegue entendê-lo?...

Souffle du Papillon


Sopro de Borboleta... belo nome. Fiquei extasiado ao descobrir que borboleta em francês é "papillon". Bom... nesse desenho continuei na simplicidade de materias. Usei nankim vermelho escolar (eu gosto muito das cores) e caneta. Ah! Quando digo caneta é sempre a descartável.

Souffle du Papillon foi a terceira e pensei em algo como um suspiro. Eu estava meio chateado na época em que a desenhei e vi nela um sobro de felicidade expressa no vermelho das borboletas. Todos os desenhos que faço tem um pouco de mim... mesmo que de forma agressiva e violenta.

terça-feira, 13 de março de 2007

Fleur


Gosto de chamar este desenho de Flora... na verdade não foge muito do que ele é... Pois bem, esse foi o primeiro desenho que fiz da sequência, no entanto é meu segundo em preferência. Usei materiais básicos em sua concepção. Grafite e nankin (caneta). Cada dia que passa venho gostando cada vez mais do papel reciclado... tem tuda haver comigo ( o que eu quiz dizer com isso...). Fleur é na verdade a flor da morte. Morte esta originada da tristeza e da solidão de Flora.

sexta-feira, 2 de março de 2007

Prostituée


Originalmente eu chamei este desenho de "Prostitueé Limen". Limen é uma personagem de uma antiga história minha e das personagens que eu criei foi e é a que eu mais gosto. Sou diretamente influenciado pelo Art Nouveau e geralmente como neste trabalho me utilizo de suas sinuosidades. Me inspirei no Moulin Rouge (Moinho Vermelho), uma dos mais famosos cabarés do mundo. Na época em que desenhei "Prostitueé" eu estava lendo dois livros de ex-prostitutas o que foi um empurrãozinho a mais. Usei papel sulfite reciclável (pois além de ecológicamente correto dá um efeito agradável), nanquim preto e vermelho, e grafite.

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Como cheguei até aqui.



No início quando ainda era pequeno gostava muito desenhar linhas sinuosas cheias de volutas , flores e plantas estilizadas. Era fascinado por isso. Procurava detalhar ao máximo tudo o que eu desenhava. No entanto meu desenho sempre foi muito duro e compacto... mas eu era uma criança e não tinha nenhuma noção disso. Porém depois de um tempo comecei a ler livros de civilizações orientais e descobri as mandalas. Comecei a copiar e a criar muitas delas, nessa época meu traçado começou a ganhar leveza. Mas foi no ano de 2001 que eu me descobri como um possível desenhista. Como uma boa parte dos jovens brasileiros eu passei a comprar mangá e tudo relativo a eles. Com ajuda de uma amiga (que me dava orientações) eu copiei muitos desenhos, porém um dia conheci os desenhos anoréxicos de Naoko Takeuchi. Sailor Moon, pra ser mais exato foi o traço que mais significativamente influenciou meu traço. Passei a buscar a leveza dos traços e também a sinuosidade daquelas formas. Porém não alcancei plenamente meus objetivos e foi ai que comecei a criar meus próprios personagens. Duas amigas fantásticas me ajudaram a criar grandes histórias e esse foi meu apogeu no mundo “manganimaniaco”. A partir dessa época eu comecei lentamente a me afastar do mangá. Primeiro complicações religiosas e depois cobranças de amigos e principalmente minhas por um traçado autenticamente meu. Tempos depois entrei na faculdade de ilustração e ali fui duramente criticado por meus professores. Novamente me vi pressionado a mudar o estilo para algo meu. Mas como criar um traço novo se eu nem mesmo sabia como se fazer isso? Um professor de desenho estrutural em particular foi muito importante, ele disse que isso vinha com o tempo e que era pra eu ter muita paciência. Ele me incentivou a pesquisar muitos pintores clássicos, além de expandir meus conhecimentos em arte e leis que regem a imagem. Entrei numa fase da qual ainda não sai de profunda pesquisa em cima de diferentes estilos artísticos. Descobri um dia Alfons Mucha, que na verdade não me era estranho. Suas ilustrações do final do século XIX e início do século XX inspiraram minha alma a desenhar mais e mais. No entanto a figura humana dele era muito acadêmica e eu não gostava daquilo. Naoko ainda era um ícone de perfeição. Porém queria me afastar do rosto do mangá. Pesquisei a arte do mundo antigo. Extremo Oriente, Egito, Grécia etc. No entanto as duas últimas foram o ponta-pé que eu precisava. Seus rostos retos que na minha interpretação ficaram bem pontiagudos foram minha maior conquista. Comecei a investir em minhas próprias criações e voltei no tempo, na época de infância e capturei os detalhes que tanto usava e pronto. Cheguei nos tempos atuais. A pouco tempo dois professores me indicaram Aubrey Beardsley. Segundo eles meu traço lembrava muito as ilustrações dele. Eu fiquei muito surpreso quando vi e de certa maneira concordei.