quinta-feira, 29 de março de 2007

A Domadora de Pavões


Bem... esse desenho é muito especial... primeiro porque é o primeiro que faço de corpo inteiro usando bico de pena. é certo que usei caneta e pincel, mas meu maior avanço foi a pena... que até antes desse desenho eu detestava. A Domadora de Pavões é dos meus desenhos um dos que possui mais significação. Não quero dizer o que vejo e sinto ao dialogar com ela, pois ela fala de modos diferentes com as diferentes pessoas que a observam.
Usei bico de pena, caneta, pincel, grafite e lápis de cor vermelho.
Desenhar é exteriorizar aquilo que não se pode demonstrar por meio da fala e do gesto. é dialogar consigo mesmo sobre si próprio.

segunda-feira, 26 de março de 2007

Elas


Quando desenho proucuro esquecer das barreiras que me impedem de criar. Cânones, regras... fujo disso, no entanto respeito. As linhas comandam meu desenho. Se elas me mandam ir por ali... quem sou eu para descordar!!!! Sigo as ordens do meu inconsciente. "Por que comecei este desenho?" As vezes me pergunto. Então repito: "SIGO AS ORDENS DO MEU INCONSCIENTE."

Meus desenhos não foram feitos para serem bonitos, se eles o são é apenas consequência da minha paciência e dedicação.
Não faço nada por mera diversão. Acredito que eles são uma forma de diálogo do meu eu interno com meu eu mais superficial.

Cada um deles tem um pouco de mim e refletem bem aquilo que se passa no meu interior por mim ainda não descoberto.
Meus rostos talvez representem uma deformidade dos dias modernos... a pressa, o descaso com o passado e com a humildade. O olhar sempre morto... negando aquilo que está acima... negando algo que se deve olhar, mas não pode ser visto...
O perfil... um resumo de quem a pessoa realmente é. Alguém se lembra daquelas máscaras teatrais que tem metade do rosto feliz e outra triste? E da lua que esconde sua face escura? Pois então... como essas minhas figuras se apresentam na parte do rosto escondida? Será que demonstram compaixão e amor por aqueles que elas olham?
Corpos magros e esguios... quase esqueléticos... anoréxicos... doentes... modelos de uma beleza morta. Modelos de um tempo que seleciona aquilo que se vê e não aquilo que se sente...

quinta-feira, 22 de março de 2007

Désir Ardent


Désir Ardent é o desejo ardente contido em nós e reprimido por nossas leis morais. O sexo em todos os seus pontos de vista e a vontade de fazer aquilo que pensamos... e não fazemos.

Usei nankim roxo nessa que foi a quarta das minhas prostitutas.

Ela é a única que tem seus seios a mostra e te faz um convite... vc consegue entendê-lo?...

Souffle du Papillon


Sopro de Borboleta... belo nome. Fiquei extasiado ao descobrir que borboleta em francês é "papillon". Bom... nesse desenho continuei na simplicidade de materias. Usei nankim vermelho escolar (eu gosto muito das cores) e caneta. Ah! Quando digo caneta é sempre a descartável.

Souffle du Papillon foi a terceira e pensei em algo como um suspiro. Eu estava meio chateado na época em que a desenhei e vi nela um sobro de felicidade expressa no vermelho das borboletas. Todos os desenhos que faço tem um pouco de mim... mesmo que de forma agressiva e violenta.

terça-feira, 13 de março de 2007

Fleur


Gosto de chamar este desenho de Flora... na verdade não foge muito do que ele é... Pois bem, esse foi o primeiro desenho que fiz da sequência, no entanto é meu segundo em preferência. Usei materiais básicos em sua concepção. Grafite e nankin (caneta). Cada dia que passa venho gostando cada vez mais do papel reciclado... tem tuda haver comigo ( o que eu quiz dizer com isso...). Fleur é na verdade a flor da morte. Morte esta originada da tristeza e da solidão de Flora.

sexta-feira, 2 de março de 2007

Prostituée


Originalmente eu chamei este desenho de "Prostitueé Limen". Limen é uma personagem de uma antiga história minha e das personagens que eu criei foi e é a que eu mais gosto. Sou diretamente influenciado pelo Art Nouveau e geralmente como neste trabalho me utilizo de suas sinuosidades. Me inspirei no Moulin Rouge (Moinho Vermelho), uma dos mais famosos cabarés do mundo. Na época em que desenhei "Prostitueé" eu estava lendo dois livros de ex-prostitutas o que foi um empurrãozinho a mais. Usei papel sulfite reciclável (pois além de ecológicamente correto dá um efeito agradável), nanquim preto e vermelho, e grafite.