Quando desenho proucuro esquecer das barreiras que me impedem de criar. Cânones, regras... fujo disso, no entanto respeito. As linhas comandam meu desenho. Se elas me mandam ir por ali... quem sou eu para descordar!!!! Sigo as ordens do meu inconsciente. "Por que comecei este desenho?" As vezes me pergunto. Então repito: "SIGO AS ORDENS DO MEU INCONSCIENTE."
Meus desenhos não foram feitos para serem bonitos, se eles o são é apenas consequência da minha paciência e dedicação.
Não faço nada por mera diversão. Acredito que eles são uma forma de diálogo do meu eu interno com meu eu mais superficial.
Cada um deles tem um pouco de mim e refletem bem aquilo que se passa no meu interior por mim ainda não descoberto.
Meus rostos talvez representem uma deformidade dos dias modernos... a pressa, o descaso com o passado e com a humildade. O olhar sempre morto... negando aquilo que está acima... negando algo que se deve olhar, mas não pode ser visto...
O perfil... um resumo de quem a pessoa realmente é. Alguém se lembra daquelas máscaras teatrais que tem metade do rosto feliz e outra triste? E da lua que esconde sua face escura? Pois então... como essas minhas figuras se apresentam na parte do rosto escondida? Será que demonstram compaixão e amor por aqueles que elas olham?
Corpos magros e esguios... quase esqueléticos... anoréxicos... doentes... modelos de uma beleza morta. Modelos de um tempo que seleciona aquilo que se vê e não aquilo que se sente...